No ano passado eu escrevi um texto sobre o Galo, com a promessa de escrever outro, caso ele fosse campeão. Já estava tudo certo.
Chegou o jogo do Bahia. Dois gols no meio do segundo tempo, Conquista ia ser adiada, mas aí… E o Galo?
O Galo Ganhou.
Já tinha pensado no título, “Como Cinco Minutos Podem Mudar a História”, ia falar de como aquela vitória contra o Bahia foi a coisa mais “Atlético Mineiro” que existe, de como só são necessários cinco minutos para você reescrever anos de história. Mas ai… Eu protelei.
E protelei.
E protelei.
Quando decidi que já tinha passado o timing e ia seguir em frente… O Galo ganhou mais uma vez.
Reanimei de escrever algo, de como essa dupla conquista marcava a história do time, que sempre foi considerado um “cavalo paraguaio” em todas as competições que disputava, que sempre foi deixado de lado por conta de números de títulos, afinal, pra gente o maior título é ser atleticano.
Mas aí vocês já sabem… Eu protelei de novo.
E O GALO GANHOU MAIS UMA VEZ.
Na disputa de pênaltis mais longa que eu já vi, num jogaço (apesar de ser feio) e uma vitória em território inimigo contra o time que eu mais odeio.
Dessa vez tinha que sair, né?!
E não saiu.
Eu já tinha desistido, perdi o timing completamente, ia seguir em frente e não ia me preocupar em escrever esse texto, afinal, muitas pessoas que escrevem muito melhor do que eu já haviam contado essas histórias.
Mas como podem ver, eu não desisti. Sabe, eu estava completamente alheio ao aniversário do Galo ou algo do tipo, mas um texto me pegou bastante.
Eu já tinha entendido que 2021 foi um ano histórico para os atleticanos, para o elenco e tudo que envolvia o Atlético Mineiro.
A felicidade ainda seguia estampada no meu peito, as lágrimas que derramei ao longo de todos esses anos torcendo pelo time haviam sido coroadas. Não pelos títulos, os títulos são só um extra, pelo reconhecimento.
No Brasil, é muito difícil escapar do eixo Rio-São Paulo, seja no futebol ou na vida, e, apesar do projeto e dos investimentos milionários, o Galo nunca foi o favorito.
Até o último momento, a mídia e todo mundo gritavam que “O Flamengo está em segundo pelos erros dele, mas já já ganham.” Não era o Galo que estava em primeiro por causa dos acertos.
E acho que quando você passa sua vida inteira escutando que você não vale aquelas conquistas, uma hora você acredita.
E com certeza eu estava acreditando nisso, não só no futebol.
Engraçada essa frase, né? “Eu Acredito”.
Durante anos isso motivou a gente, seja para o bem, seja para conquistar o acesso para a primeira divisão, ou para o mal, quando todos falavam que nunca mais íamos conquistar nada de expressão.
Agora, eu digo que eu tento continuar acreditando.
Tento continuar acreditando em mim, na mudança do mundo, em que eu vou melhorar, em que eu vou ter sucesso.
Mas em uma coisa eu sempre acredito.
Eu Acredito no Atlético.
Eu Acredito no Galo.
Feliz aniversário, Massa.