Vamos conversar sobre música? - Cinco Faixas #001
E dá pra viver sem escutar música? Vou aparecer por aqui mensalmente com "Cinco Faixas" pra você curtir e sair da sua bolha musical.
Quem já leu algum dos meus outros textos deve ter percebido que música é uma coisa importante pra mim, por exemplo, neste aqui, eu dou uma mergulhada nas minhas playlists cronológicas e como, lá em 2018, eu estava descrente com o distanciamento dos meus dois melhores amigos.
Eu crio playlists e acumulo músicas em diversas plataformas. É algo intrínseco pra mim, desde a época em que eu via os lançamentos do mês em sites de Visual Kei e tentava achar as bandas no Ares.
Hoje, com as plataformas de streaming, tudo fica mais “fácil”. Por causa disso, deixei este rascunho preparado para escrever sobre música… E assim ele ficou, desde 2020. Hoje, cinco anos depois, decidi revisitá-lo. Por quê? Por conta do novo álbum da Lady Gaga.
No grupo dos meus amigos no Discord, eles têm o hábito de fazer um “Track by Track” dos lançamentos de artistas que gostam. O de Mayhem foi o primeiro de que participei e, além de eu ter ficado muito feliz com o feedback sobre as minhas opiniões, isso despertou minha vontade de voltar a escrever, dessa vez, sobre música.
Como disse, música é uma coisa muito importante pra mim. Já cheguei a tocar em orquestra, cantar em coral (nunca fui bom). De qualquer forma, escutar música, falar sobre música, reclamar sobre música, deixar música tocando no fundo... Música sempre faz parte do meu dia a dia — e, com certeza, do de todos nós.
Cada pessoa tem um gênero favorito, um momento preferido para escutar música, um ritmo que guarda no coração. Mas hoje não estou aqui para fazer uma metáfora com música e vida ou algo do tipo.
Tô aqui só pra falar de música mesmo. Nem é sobre aspectos muito técnicos ou alguma figura de linguagem sobre a importância da música em si. Só pra indicar umas três, cinco músicas que escutei bastante neste mês. Vamo lá?
Então, vou dar uma selecionada no meu Spotify do que estou escutando e acho que é relevante falar sobre — ou que não é tão conhecido assim e eu queria que mais pessoas escutassem. Ok? Ok. Ah! E se quiser conferir minha Playlist atual, costumo fazer uma a cada ano com o que estou escutando no dia a dia. Qualquer coisa, você consegue achar as outras no meu perfil.
Agora é sério, vamos lá! Prometo que nos próximos textos não vou enrolar tanto e vou direto pras músicas!
Zombieboy - Lady Gaga
Tá, impossível eu não começar com o motivo de eu ter voltado a escrever.
Eu não achei que fosse me empolgar tanto assim com um álbum da Lady Gaga em 2025, mas ela serviu. Um retorno às origens, longe de ser perfeito, mas muito melhor do que imaginei que ela entregaria. E, apesar de o álbum não ser coeso em um único estilo, ele representa muito bem o caos que é a carreira da Lady Gaga (caos nem sempre é ruim gente).
Pra finalizar sobre Zombieboy, vou pegar a análise que fiz dessa música no Track by Track dos meus amigos:
“9,5/10 O início me quebrou e tava preparado pra largar um 3/10 porém a MÚSICA CRESCE viu? Letra de talaricagem, um instrumental bom DEMAIS pqp, a gata entregou. Gostei porque ela casou o estilo dela e a letra muito bem com a música. Obrigado Van Halen, sem você esse SOLO FODA não estaria aqui.”
A mãe dos Little Monsters realmente voltou.
BAILE INoLVIDABLE - Bad Bunny
Eu nunca fui de escutar Bad Bunny até ele lançar “DeBÍ TiRAR MáS FOToS”.
Esse álbum é um grito de socorro anticolonialista, uma coleção de sentimentos em forma de música, onde Benito declara sua paixão e seu amor por Porto Rico e sua cultura, enquanto ainda mostra o quão triste é o distanciamento de casa.
“BAILE INoLVIDABLE” é uma música alegre e, ao mesmo tempo, triste. Não podemos esquecer nossas origens, nossa família, nossa terra e, muito menos, nossos amores — mesmo que precisemos seguir em frente.
Você Pode Ir Além - BK, FYE e Deekapz.
O BK’ entrega, não tem jeito. Desde “Castelos e Ruínas” ele só vem crescendo, evoluindo líricamente e sempre experimentando coisas novas. “ICARUS” poderia tranquilamente ser lembrado como o álbum da carreira dele, e aí, sampleando a música homônima do power trio carioca Karma, BK’ abre seu sexto álbum com essa pedrada.
“Você Pode Ir Além” tem uma energia incrível, mas é só o cartão de visitas de um álbum perfeito. Abebe fez uma escolha perfeita de samples e feats, com Evinha, Fat Family, Borges, o LENDÁRIO MILTON NASCIMENTO e muito mais.
Ainda é cedo para dizer, mas esse álbum tá tranquilamente no meu top 3 do ano.
Tears In My Pocket - Rebecca Black
Não tem jeito, gente. Ela entregou. É isso. Rebecca Black se reinventou (mais uma vez) e lançou um “álbum” (7 músicas, pô) cujo único defeito é ser tão pequeno.
Com influências claras da cena pop/techno atual, “SALVATION” cheira a balada, Boiler Room e Casa Sapucaí numa sexta à noite. Deem uma chance.
Intro (Drx) - nabru, cjr beatz
Mais uma faixa que serve como um cartão de visitas para um álbum INCRÍVEL.
Nabru é tranquilamente uma das pessoas mais inteligentes que eu conheço. O som dela, ao mesmo tempo que se apresenta de forma simples e sem exageros, carrega uma bagagem narrativa incrível, contando histórias, jogando com as palavras e apresentando uma artista promissora pra caralho para o mundo.
Liricamente, a “Chun-Li da PPL” tá ANOS à frente de muitos nomes mais estourados da cena. As referências, tanto à literatura quanto a gigantes do rap que vieram antes dela, servem para carregar a sua mensagem, contando suas vivências e sua caminhada até aqui.
De “Das Pressas e das Preces” a “Flor da Estação”, a Nabru apresenta um alcance incrível e uma capacidade única de dividir os problemas, alegrias e experiências dela através da música. FODA!
É isso, espero que tenham gostado e que não tenha sido uma leitura chata ou algo do tipo. Depois que comecei a trabalhar escrevendo, confesso que perdi um pouco do jeito.
Aproveito para reforçar que tudo aqui são opiniões minhas sobre música e como eu senti e interpretei cada uma delas. Posso estar errado nas interpretações? Pra caralho, mas que essas 5 músicas são boas pra caralho, isso elas são. Escutem!
Vou tentar escrever mais vezes, talvez mensalmente, vamos ver.
muito bom!!!
Feliz demais em ver ce voltar a escrever